Dawn, night, new day…
Madrugada, noite, novo dia…
Silêncio…
Eu e a Dalila estivemos aqui em Londres num dos cultos mais diferentes que já participamos: Moot. A reunião aconteceu numa “Church of England” (igreja anglicana) com cerca de 22 pessoas onde apenas nós 2 éramos estrangeiros; nos perguntaram inclusive como soubemos da reunião… internet. Qdo chegamos, o pessoal estava no hall tomando um chá (são ingleses, certo?) e nos convidaram p/ participar. Assim que terminaram, fomos para o interior da igreja (magnífica construção ortodoxa) para o início da reunião. Silêncio… Uma mulher levanta e começa a ler: “Dawn, night, new day…” num texto muito bem escrito e extremamente bem lido; o telão mostra a imagem do planeta Terra c/ as palavras acima escritas e outras imagens em movimento; luz negra em uma parte do ambiente; 2 Macs controlam o som estilo “new age” e o vídeo. Um rapaz, depois de ler sua parte começando com “Dawn, night, new day…” sai de seu lugar, vai em direção a uma tela e começa a pintar… outras pessoas se levantam uma por vez e lêem seus testemunhos pessoais, todos iniciando com “Dawn, night, new day” – Momentos felizes, decepções, recomeço. Silêncio… a pintura continua… alguém se levanta e pega um violão… a voz e o violão no meio daquela construção antiga com seus vitrais, pé direito muito alto e visual ortodoxo com paredes e tetos esculpidos… acústica maravilhosa para o simples. Depois, silêncio… reflexão… oração silenciosa… um recipiente com uvas é passado e somos instruídos a tirar uma uva para cada um e uma para darmos a alguém mais; comemos, oferecemos e paramos para refletir na doçura das bençãos de Deus… uma segunda música com violão: desta vez cantamos juntos seguindo a letra em movimento no telão; lá no interior do templo… o “reverb” natural causado pela reflexão do som nas belas paredes, faz soar como um canto gregoriano acompanhado de violão… a reunião termina em silêncio e aos poucos a galera começa a conversar…
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moot – St. Matthews Church
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moot – HD
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vitral
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silêncio… reflexão…
Uma experiência “sui generis”… conversamos com algumas pessoas e com o homen que liderou (apesar dele dizer que procuram não ter a figura de um líder) que soltou até algumas palavras num português carioca (pois já tinha morado no Rio!). Saímos de lá conscientes de que foi uma das experiências mais peculiares que tivemos numa igreja (apesar de particularmente eu curtir um pouco mais de agitação)… saímos principalmente com o sentimento de reflexão diante do Criador… “Dawn, night, new day”… silêncio…
by Hudson Parente
fotos: Dalila & Hudson Parente